segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Ano vivido de 2010

Na escola da vida temos varias disciplinas a cumprir, e com orgulho apresento meu boletim desse ano:

   Materias            Nota
Problemas          10
Diversão             10
Passeios             10
Amizades           10
Trabalho            10
Loucuras           10
Amor                10
Familia              10

Media Geral do Ano de 2010 = 10
Conclusão meu ano foi 10....ksksksksks
Graças ao bom Deus, tudo belezinha esse ano, temos os probleminhas que são inevitaveis, mais tenho que dizer, meu ano foi 10, decobri mais sobre mim e sobre a vida em um ano do que nos outros 21 que eu vivi....Bjs a todos e muitas felicidades!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Ela dança, eu danço


Acabei de assistir o filmes "Ela dança, eu danço", conta a historia de um jovem que depois de apedrejar o predio de uma escola de artes, tem que pagar duzentas horas em trabalho comunitario, e... assista ao filmes, pois é muito bom!

Trailer do Filme

Mais Bocage


Soneto da Cópula Esculpida

Nesta, cuja memória esquece à Fama,
Feira, que de Santarém vem de ano em ano,
Jazia co'uma freira um franciscano;
Eram de barro os dois, de barro a cama:

Co'a mão, que à virgindade injúrias trama,
Pretendia o cabrão ferrar-lhe o pano;
Eis que um negro barrasco, um Frei Tutano
O espetáculo vê, que os rins lhe inflama:

"Irra! Vens me atiçar, gente danada!
Não basta a felpa dos buréis opacos,
Com que a carne rebelde anda ralada?"

"Fora, vis tentações, fora, velhacos!..."
Disse, e ao ríspido som de atroz patada
O escandaloso par converte em cacos.

Fonte: www.dominiopublico.gov.br

Bocage...O boca do inferno!!!

Soneto localizado em um caderno onde poemas de Bocage e de Pedro José
Constâncio estavam misturados, não tendo se chegado em nenhuma conclusão
definitiva sobre a autoria do mesmo.



Soneto das Glórias Carnais

Cante a guerra quem for arrenegado,
 
Que eu nem palavra gastarei com ele; 
Minha Musa será sem par canela 
Co'um felpudo coninho abraseado:


Aqui descreverei com arreitado
 
N'um mar de bimbas navegando à vela, 
Cheguei, propício o vento, à doce, àquela 
Enseada d'Amor, rei coroado:

Direi também os beijos sussurrantes,
 
Os intrincados nós das línguas ternas, 
E o aturado fungar de dois amantes :

Estas glórias serão na fama eternas;
 
Às minhas cinzas me farão descantes 
Fêmeos vindouros, alargando as pernas.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Estava lendo e gostei...

A brusca poesia da mulher amada

Longe dos pescadores os rios infindáveis vão morrendo de sede lentamente
Eles foram vistos caminhando de noite para o amor – oh, a mulher amada é como a fonte!
A mulher amada é como o pensamento do filósofo sofrendo
A mulher amada é como o lago dormindo no cerro perdido
Mas quem é essa misteriosa que é como um círio crepitante no peito?
Essa que tem olhos, lábios e dedos dentro da forma inexistente?

Pelo trigo a nascer nas campinas de sol a terra amorosa elevou a face pálida dos lírio
E os lavradores foram se mudando em príncipes da mãos finas e rostos transfigurados...

Oh, a mulher amada é como a onda sozinha correndo distante das praias
Pousada no fundo estará a estrela, e mais além.

(Vinícius de Moraes)
Antologia poética Companhia das letras 2009 página 61

Só para começar, vamos com o pé direito!

No meio do caminho
 
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

(Carlos Drummond de Andrade)